O Quintal do Leo!

O miniaturismo brasileiro há algum tempo vem abrindo portas em países que têm tradição no assunto, o que é motivo de alegria para todos nós.

Pela terceira vez, um dos participantes do nosso grupo de e-mails Nação Minimaníaca tem seu trabalho reconhecido pela publicação espanhola "Miniaturas - Construcción e Coleccionismo".

Leo Furtado é bahiano e vive em Salvador, de onde tira inspiração para seus trabalhos em escala 1/12 nos quais as cores vivas e a reprodução de cenas de apelo dramático se apresentam.

Centenas de peças dispostas em uma harmonia única e o uso de recursos e materiais que parecem dar vida ao cenário impressionam. Um trabalho magnífico que vale a pena ser prestigiado.

Veja nas fotos acima as páginas da revista.

E o pé direito na miniatura, como pensá-lo?

Em nosso grupo de e-mails Nação Minimaníaca, uma dúvida interessante fez uma das associadas pedir ajuda aos demais participantes. Achei que valia a pena falar deste assunto aqui no blog.

"Qual é a medida certa para o pé-direito de um cômodo que faz parte de uma casa em miniatura?"

Parte dos miniaturistas acredita que a medida mais acertada será obtida pela divisão do tamanho mais comum do pé direito em ambientes reais por 12 (para se chegar à escala 1/12).

Se dividirmos 3 metros (altura comum de pés direitos) por 12, chegaremos a uma medida 25 cm na miniatura. Num projeto em que a casa tenha 3 andares de estilo vitoriano, por exemplo, somando-se ainda o telhado em formato piramidal, teremos uma casa relativamente alta e que, observada pelo lado externo, talvez fique com um visual muito alongado, fora da realidade.

O kit que comprei para montar minha casa em miniatura veio com altura de 22 cm. Essas medidas se devem muito mais à tentativa de dispor vários cômodos harmoniosamente num projeto que à tentativa de seguir um padrão de escala perfeito.

Eu vejo a casa de bonecas como uma forma de vitrine para uma coleção de miniaturas e não como uma reprodução fiel da realidade (com todas as paredes, colunas de sustentação e portas internas que haveriam numa casa de verdade).

Eu acredito que se a reprodução da estrutura for 100% fiel à realidade, você estará trabalhando numa maquete e não numa miniatura, além de se correr o risco de ser obrigado a dispor um lindo móvel escondido atrás de uma parede, certo?

Se quiser, deixe seu comentário sobre o assunto!

Mini favela viajando para Cuba!

O artista brasileiro Sergio Cezar está cuidando dos últimos detalhes da maquete de uma favela que será exposta na 10ª Bienal de Havana, em Cuba, a partir de sexta-feira.

A obra é uma miniatura da favela mineira Nossa Senhora de Fátima, mas em menor escala da que o artista criou em Belo Horizonte com a ajuda dos moradores da comunidade.

A maquete tem quatro metros quadrados e foi toda feita com material reciclável. "Vivemos num mundo que está num momento muito delicado em relação à natureza. Todas as obras que serão reunidas na Bienal mostram a possibilidade de uma mudança no presente para um futuro melhor", disse Cezar em entrevista à agência AFP.

Por Notícias Abril.com

E da Alemanha, o maior dos minis!

Dois irmãos alemães afirmam ter construído a maior ferrovia de brinquedo do mundo com mais de 7 km de comprimento. A estrada de ferro, batizada de Miniatur Wunderland (Terra das Maravilhas em Miniatura), ocupa uma área de 1.150 m², por onde 700 trens com mais de 10 mil vagões percorrem um trajeto em meio a cenários que retratam regiões pitorescas dos Estados Unidos, Suíça, Escandinávia, Alemanha e os alpes austríacos.

Os ambientes percorridos pelas locomotivas são ilustrados por 900 sinais de trânsito, 2,8 mil prédios, 4 mil carros - muitos deles com os faróis acesos - e 160 mil bonecos em miniatura.

A estrutura custou cerca de R$ 27 milhões para ser construída e está em exposição em Hamburgo, na Alemanha, onde 160 funcionários zelam para que nenhum detalhe do percurso passe despercebido aos visitantes.

Os gêmeos Frederick e Gerrit Braun, 41 anos, dizem que boa parte do dinheiro foi arrecadada com a venda de ingressos para a exibição do modelo original da ferrovia, de menor extensão.

Eles contam ter começado a construir a estrada de ferro em 2000, inspirados por uma paixão de infância. Desde então, foram investidas 500 mil horas no projeto, que carrega mais de quatro mil quilos de aço e 700 quilos de grama artificial.

"Nossa idéia era construir um mundo que deixasse adultos e crianças maravilhados", diz Gerrit.
Os irmãos dizem ainda não estar satisfeitos com a magnitude da criação e esperam dobrar a extensão da ferrovia até 2014, quando outras centenas de trens circularão por paisagens francesas, italianas e britânicas.

Por BBC Brasil

Colaboração: Luiz Henrique Virgilio

Ambientando ainda mais...

Voltando a falar um pouco sobre o projeto do jardim da minha casa em miniatura, alguns detalhes podem passar despercebidos por olhos menos atenciosos, mas certamente chamarão à atenção aqueles mais detalhistas!

Para que fosse possível dispor de plantas que pudessem se apresentar penduradas dentro e fora da estufa, foram criados pequenos ganchos em miniatura que são visualmente perfeitos e prestam-se à sua função com simplicidade, dica da miniaturista Regina Nachtigall nas aulas que ministra em seu atelier.

Foi preciso apenas fazer um pequeno furo na madeira com objeto pontiagudo onde encaixou-se um pedaço de metal (peças normalmente encontradas em casas que vendem materiais para confecção de bijuterias nas cores dourada ou cromada).

Com um alicate de bijuteria de ponta redonda, um pequeno giro na ponta do metal e o gancho está pronto! Vejam o resultado na foto acima.

Da Inglaterra, miniaturas em exposição.

Acontece nos dias 21 e 22 de março, em Birmingham, no centro da Inglaterra, uma das maiores feiras anuais de miniaturas do mundo!

Com ou sem recessão ou crise mundial, a conhecida "Miniatura Dolls House Modelling Show" conta com cerca de 250 expositores internacionais que atraem pessoas dispostas a devotar quantias consideráveis em dinheiro ao hobby do miniaturismo.

Milhares de pessoas no Reino Unido e em todo o mundo dedicam tempo e habilidades para criar miniaturas incríveis, que vão do medieval ao moderno e contemporâneo, reproduzindo ambientes e peças de forma extremamente realista.

Materiais de alta qualidade, peças únicas, itens só encontrados em museus: tudo ao alcance daqueles que puderem se privilegiar de participar deste maravilhoso evento!

Seríamos ouvidos? Quem sabe você possa contribuir!

Olá a todos os Minimaníacos que estão sempre prestigiando nosso blog, mandando comentários, elogios e sugestões!

O ano de 2009 já se iniciou e ainda não havia conseguido um tempinho livre pra atualizar o blog, mas agora temos um assunto da maior importância sobre o qual gostaria de fazer alguns comentários.

A maioria dos miniaturistas conhece o Atelier Pépp & Orson que fica na região do Brooklin, em São Paulo, local onde acontece anualmente a FEBRAMINI entre outros eventos em torno do miniaturismo, arte alternativa emergente no Brasil.

Para os que já tiveram a oportunidade de conhecer o local, sabem da genuína paixão dos proprietários do Atelier pelas miniaturas não apenas como forma de artesanato mas como forma de expressão artística legítima.

No Atelier, entre peças de mobiliário antigo e decoração impecável, estão expostas miniaturas - criadas pelos artistas durante boa parte de suas vidas dedicadas ao trabalho de reproduzir em escala - que retraram períodos importantes da história da arquitetura e da decoração.

Destaque para os trabalhos com referência à arte Colonial, período de rara beleza e de mesclas que resultam em um estilo puramente brasileiro.

Quem ainda não conhece o Atelier, pode perder a oportunidade de fazê-lo pois o decreto nº 54.069 de 27 de fevereiro de 2009, assinado pelo Vice-Governador Alberto Goldman, em exercício no cargo de Governador do Estado de São Paulo, declara de utilidade pública a fim de desapropriação para implantação da Linha 5 - Lilás do Metrô de São Paulo, assim se daria a demolição da casa que abriga o Atelier Pépp & Orson!

A notícia é um grande choque para todos os miniaturistas e amantes das artes em geral, pois a desabrigação de um acervo cultural deste porte é lamentável!

É claro que a implantação de uma nova linha do Metrô é um bem maior que visa atender os interesses de milhares de cidadãos e seu bem-estar, direito inegável ao qual jamais seria capaz de criar oposição, porém, sugeriríamos que o Atelier pudesse ser transformado em um Museu e integrado ao projeto da Estação do Metrô.

Esta idéia não apenas embelezaria parte da malha de transportes da cidade como levaria a arte para mais perto das populações que se utilizam do Metrô. O Atelier Pépp & Orson é parte do patrimônio cultural da cidade de São Paulo e é parte de sua história.

Se você pensa como nós do grupo Nação Minimaníaca e quer se juntar a este protesto, mande sua demonstração de indignação para:

- Metrô pelo endereço relacoespublicas@metrosp.com.br.

- Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico (UPPH) pelo endereço mailto:condephaat@cultura.

- Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico (UPPM) pelo endereço mailto:cmramos@sp.gov.br

- Assessoria de Imprensa da Secretaria da Cultura pelo endereço ffaiola@sp.gov.br

- Ouvidoria da Secretaria de Cultura pelo endereço mailto:ouvidoria@cultura.sp.gov.br

Faça sua parte e ajude a manter a história do miniaturismo no Brasil viva!

Para conhecer o Atelier, clique aqui!