sexta-feira, 30 de novembro de 2007

E a escadaria externa, como ficou?


Já falamos um bocado da escadaria externa aqui no blog (clique aqui para ver) e das mudanças que ela recebeu em relação ao projeto original. Faltou saber como ela ficou no final das contas!

O acabamento foi feito com tinta na mesma cor da parte externa da casa, mas somente na lateral e por baixo dela. Os degraus foram cobertos com fórmica cortada uma a uma, imitando mármore branco carrara. As emendas foram todas finalizadas com massa corrida, mais ou menos como seria na vida real.

Na verdade, este tipo de fórmica, apesar de ter seu "desenho" idêntico ao de uma peça de mármore em tamanho real, na miniatura não deixa nada a dever, pois se escolhidas partes especiais, naquelas em que as ranhuras do mármore estão menores, fica tudo perfeito! Até porque este tipo de rocha tem ranhuras em todos os tamanhos devido a ser um produto encontrado na natureza.

Mas é importante lembrar que este tipo de coisa só é possível com as imitações (fórmicas, adesivos auto-colantes, etc.) do mármore carrara, porque outras rochas têm padronagens menos amigáveis para se usar sem se preocupar em fazer a redução condizente com a escala 1:12. Eu ainda prefiro à fórmica em relação aos adesivos auto-colantes pois elas são muito mais próximas do real, além de já terem o brilho perfeito para este tipo de acabamento.

Dica: Procure conseguir algumas amostras ou sobras deste material em casas que vendem isso ou que fazem reformas de móveis, ele é muito útil!

Em relação à ambientação, nas escadas está um cachorrinho que brinca animado com uma bola. Este tipo de personagem dá vida aos ambientes pois parece criar movimento, embora ele esteja totalmente imóvel. Nossa imaginação, diante deste tipo de cena, se encarrega de fazer todo o trabalho!

À direita da imagem acima se pode ver parte de um dos postes iluminados que ficam no jardim e, ao fundo, uma pequena floreira com uma planta no beiral da janela, o que dá a idéia de que alguém cuida da casa e a mantém com carinho.

E não deixe de reparar no efeito que as cortinas deram ao serem vistas pelo lado de fora da casa, através da janela

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Mas e o jardim?


O jardim é uma área muito especial da casa! Digo isso porque gosto muito de colecionar peças como plantas e flores que costumam ser muito delicadas e de grande impacto visual, já que mesmo uma criança reconhece espécies comuns e que estão presentes em nosso cotidiano.

Pra começar, foi preciso revestir toda a área de jardim. Pra isso, utilizei uma grama sintética italiana que é perfeita em escala. Não gosto nada do efeito das serragens coloridas, mesmo quando são bem miudinhas, porque na verdade elas não parecem grama e sim terra verde, se pensadas sob o ângulo da escala 1:12.

As serragens são um material feito para uso em maquetes ou grandes projetos de ferromodelismo que utilizam escalas de redução muito maiores e assim, são capazes de "enganar" nossos olhos e nos fazer "ver grama".

A grama sintética é de fácil manuseio porque pode ser cortada com tesoura, sem maiores dificuldades e se encaixa perfeitamente nos espaços onde precisa ser colocada. E tem uma vantagem incrível que é o fato de poder ser removida para manutenção (tirar pó ou lavar e secar com cuidado).

Passando para o contexto da ambientação, embaixo da escada ficaram alguns objetos como a mangueira de jardim e a torneira e uma caixa de ferramentas que parece estar em uso por estar um pouco bagunçada... Está caixa é feita em prata sem polimento e foi um verdadeiro achado pelas ruas de Segóvia (na Espanha). As ferramentas são facilmente encontradas em sites que vendem miniaturas no Brasil.

No centro deste espaço fica uma fonte feita em resina com o garotinho que faz pipi, tão típico e lúdico nos jardins mais antigos. A cor desta peça imita uma fonte em cimento.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Por que os tecidos se comportam tão mal?


Quando a gente pensa em miniaturas que levam tecido solto, como nas cortinas de que falei ontem aqui no blog, logo vem um problema: os tecidos costumam ficar "abertos", endurecidos. Um problema comum que muitos miniaturistas deixam passar desapercebido...
Imagine uma mesa de jantar em miniatura coberta por uma toalha, muitas vezes a toalha parece querer "ficar de pé" sozinha! O tecido que está fora da mesa não se dobra naturalmente nas bordas da peça indo em direção ao chão.

Por isso, é preciso criar truques que disfarcem este problema, como o uso de fitas dupla-face, por exemplo. Jamais use cola! Ela perpassa o tecido formando manchas que ficam com textura endurecida impossíveis de limpar, obrigando que se refaça o trabalho.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Vamos pra dentro de casa?


Agora já podemos começar a ver o interior da casa porque toda a parte estrutural está pronta! Mas pra chegar até aqui levou muito tempo... Somente em Maio de 2007 foram feitas as cortinas da casa, o último trabalho de decoração estrutural, mas que também já é parte da ambientação, nosso novo assunto.

As cortinas foram todas feitas seguindo um mesmo padrão, uma opção que fiz para manter a harmonia visual da casa quando aberta e para que as portas dela não chamassem mais atenção que seu interior. Não gosto da idéia de ter na porta da casa uma série de papéis de parede, cores de tinta, acabamentos e cortinas. Fica confuso e o resultado final não é harmônico.
Desta forma, as cortinas dos andares térreo, 1º e 2º são iguais. Utilizam veludo vermelho carmim com voal (tecido bem fininho com alguma transparência) bege por baixo. Infelizmente os tecidos costumam não se comportar muito bem nas miniaturas e por este motivo todas as pregas estão coladas à estrutura da porta.
As cortinas foram presas a caixas que receberam acabamento também em veludo e aplicação de fitas trabalhadas, utilizadas na confecção de roupas e que podem ser encontradas nas lojas de aviamentos.
No 2º andar, como o pé-direito é menor por conta do telhado, foi preciso utilizar cortinas menores e como o veludo não fica bonito em tamanho menor, foram feitas apenas com voal e um pequeno acabamento com outro tecido nas laterais. Estas cortinas estão presas a varões feitos especialmente para este projeto.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

E como ficou o telhado?


O telhado foi feito com madeira de 1mm que foi cortada em pentes com formato arredondado, os quais foram colados sobre as placas de MDF que compõem o telhado.O acabamento foi dado com tinta spray grafite que deu esta cor muito bonita e com certo brilho (sem exageros!).

Não podemos esquecer das chaminés que já eram do projeto original mas que receberam um acabamento mais elaborado com a colagem de pedacinhos de papelão que, depois de pintados com tinta latex branca, imitam perfeitamente os "tijolinhos à vista" tão charmosos.

Sobre esta coluna branca da chaminé, fizemos uma pequena plataforma em papelão também pintado com a mesma tinta spray e por fim, as bocas de saída da "fumaça" (do projeto original) com um anel em grafite.

Na imagem acima, pode-se perceber que existem 2 pinhas (estas bolinhas brancas nas pontas do telhado). Na verdade, estas peças estão sobre o acabamento superior das portas da casa (portas que se abrem como um armário para revelar o interior da casa e todos os seus ambientes) e foram feitas por uma miniaturista especialmente para serem colocadas aí.

As pinhas são enfeites muito típicos de construções mais antigas e eram fabricas em cerâmica, argila ou mesmo cimento. Algumas eram verdadeiras obras de arte decoradas por azulejistas e hoje são comumente procuradas em casas de antiguidade.

domingo, 25 de novembro de 2007

E o que são estes detalhes na porta principal?


Agora chegamos à fase em que alguns detalhes começam a ser adicionados ao projeto. E são detalhes que fazem toda a diferença pois começam a criar a idéia de uma reprodução que toma vida e não mais a simples junção de vários materiais como madeiras e tintas.
Assim, antes de serem instaladas as portas, foram agregadas algumas peças em metal dourado que são cópias fiéis de peças em tamanho real: a maçaneta, o passador de cartas, a aldrava e o número da casa.
Estes metais receberam banhos de douração como são feitos com as bijuterias de boa qualidade, de modo que tendem a não perder seu brilho ou alterar sua cor ao longo do tempo.
A maçaneta possui o espelho de acabamento bastante trabalhado e o buraco da fechadura realmente existe!
O passador de cartas é composto por 2 peças (fundo e acabamento frontal), então, foi feito um corte na porta e colada cada peça de um dos lados dela de maneira a criar profundidade real no objeto.
A aldrava (Argola ou maça de ferro articulada, por fora da porta, que, batendo nesta, serve para chamar alguém, conf. Michaelis - Moderno Dicionário da Língua Portuguesa) também é composta por 2 peças, assim, existe o movimento da argola como numa aldrava real.
E por fim os números, que dispensam maiores explicações!

sábado, 24 de novembro de 2007

10 Super Dicas de como economizar dinheiro para Colecionadores de Miniaturas

Coleções de Miniaturas não têm de custar muito!
As dicas de como economizar dinheiro a seguir, vão ajudar a colecionar mais com o que você tem.

Por Lesley Shepherd (About.com - parte do The New York Times Company)
Tradução e adaptação: Edie Brazil (Nação Minimaníaca)

1. Produza alguma coisa
Revistas podem ensinar técnicas de criação de miniaturas e direcioná-lo. Você pode fazer um projeto e tomar algumas aulas para executá-lo, pedir dicas a quem conhece mais e que saiba produzir algo que você quer. Você deve estar sempre em busca de criar miniaturas e em busca de achar boas oportunidades de compras de ocasião.

2. Procure um grupo
Os grupos da internet sempre têm workshops quando itens são criados além de trocas de trabalhos e informações entre os membros. Podem até mesmo ter acordos de descontos com comerciantes locais, lojas on-line ou mesmo com artesãos.

3. Fique de olho em promoções
Revistas, grupos e sites especializados podem ter informações sobre feiras e futuras promoções ou vendas especiais.

4. Olhe para fora da sua área
Miniaturas são criadas constantemente por quem não é miniaturista. Um ceramista pode haver decidido testar alguns potes minúsculos neste ano. Um clube de bonsai pode ter pequenas árvores que servem para jardins.

5. Confira sempre os sites da internet
Pequenas coleções podem aparecer à venda em sites de leilões on-line, em blogs particulares ou em comunidades de sites de relacionamento.

6. Mantenha contato com pessoal que lida com peças antigas
Se você é apaixonado por antiguidades em miniatura, visite as casas de leiões, brechós, casas de antiguidade e feirinhas de antiguidade regularmente. Peça a eles que entrem em contato com você caso apareça algum item de seu interesse num novo lote. Uma caixa barata no fundo de um lote pode conter muitas peças que você passou anos buscando.

7. Fique de olho em artistas e miniaturistas iniciantes
Nos primeiros anos de trabalho, os novos artistas e miniaturistas podem ser bem mais razoáveis que no momento em que tiverem seus nomes conhecidos. Se eles não tiverem exatamente o que você quer, pergunte a eles se podem criar peças a serem vendidas e discuta com ele seus anseios e sua verba disponível.

8. Mande mensagens aos grupos de e-mails
Deixe os grupos saberem das áreas de seu interesse. Um membro mais antigo pode possuir itens sobre os quais não tem mais interesse e que deseje vender e, talvez, seja exatamento o que você precisa.

9. Faça buscas inteligentes
Livros sobre miniaturas em inglês ou outra língua etrangeira podem ser mais baratos porque são menos apreciados pelos colecionadores locais. Miniaturas de todos os tipos podem ser encontradas onde as pessoas fazem limpeza nas coisas das crianças.

10. Recrute seus amigos para ajudá-lo
Miniaturas podem estar disponíveis em lugares onde não são tão apreciadas e por isso custarem menos. Deixe seus amigos saberem sobre seu hobby e o que você está à procura e talvez eles possam encontrar coisas de seu interesse em suas cidades e avisá-lo disso.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

E este tal de basement?


Pode parecer estranho mas as casas inglesas vitorianas são assim mesmo. Elas têm o que eles chamam de basement (uma espécie de porão) que pode ficar no nível térreo da casa ou no subsolo. Quando está no subsolo, este porão normalmente tem uma parte que fica fora da terra, onde ficam as janelas que, vistas de dentro do ambiente, usualmente estão bem no alto da parede.

Na minha casa, o basement é no nível térreo, então, tem uma porta de entrada/saída que é secundária e dá acesso ao jardim. Como este é um nível da casa considerado menos importante, nele ficam a cozinha e o ambiente feminino (uma espécie de sala de costura e afazeres domésticos).

Antes que alguém diga que fui preconceituoso em ter o ambiente feminino em local de menor destaque da casa, vale ressaltar que a Inglaterra vitoriana apesar de ter uma mulher à sua frente (a Rainha Vitória), ainda padecia de um machismo ímpar!

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Por falar em escadas...


Além das escadas que vão dentro de 2 ambientes da casa, existe outra escada que é externa, que levaria os moradores do jardim à porta principal que fica no 1º andar e não no térreo.

No projeto original do fabricante (que pode ser visto à esquerda da imagem acima), esta escada era muito grande em largura e deveria ficar de frente para a porta principal. O início da escada estava praticamente fora do jardim e escondia totalmente a porta secundária no nível térreo.

Não gostei desta configuração e preferi alterá-la para priorizar o espaço do jardim e colocar esta porta secundária à mostra. Mais uma vez (como já vimos aqui no blog), o projeto original confinava um importante espaço da casa embaixo de uma escada...

Para alterar a escada, cortamos 1/3 de sua largura de forma que ela não ocupasse tanto espaço e adicionamos uma plataforma reta em frente à porta principal. Mas o mais importante foi que posicionamos a escada na lateral direita da casa. Com isso, veja o espaço que surgiu à esquerda da casa em comparação com o projeto original!

Neste espaço vazio depois surgiu a minha estufa ou green house (para os americanos) ou conservatory (para os ingleses), que vocês verão futuramente aqui no Nação Minimaníaca blog!

Importante: Não deixem de dar sua opinião sobre esta alteração clicando logo aí abaixo no link "COMENTÁRIOS". Se você não tiver uma conta do Google, não tem problema, você pode deixar seu recado clicando em "ANÔNIMO" e você (se quiser) assina seu nome ao final de seu comentário.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

E como ficaram as escadas nos ambientes?


As escadas se encaixaram com perfeição e ficaram com um visual realmente interessante e bastante realístico. Na imagem acima, podemos vê-las no ambiente do escritório, um local tipicamente masculino à época (período vitoriano).

Por este motivo, o papel de parede utilizado possui uma padronagem mais sóbria conseguida facilmente pelos listrados em tons de verde e marrom. Alguns detalhes em dourado iluminam o ambiente de forma que ele não fique pesado e desagradável ao olhar.

Também se vê na imagem de hoje que, logo abaixo das escadas, já começa a balaustrada do andar inferior (sala de estar), o que parece um objeto pontiagudo qualquer. Isso acontece porque ainda falta a balaustrada de acabamento neste piso do escritório que fará com que desapareça esta sensação de objeto perdido!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Mas, e como ficaram as escadas?


Eu já havia falado aqui no blog sobre alterações que foram feitas nas escadas da casa em relação ao projeto original. Esta mudança melhorou sensivelmente o visual geral da casa e dos ambientes por onde passam as escadas.

As escadas, no kit original, são peças em MDF que deveriam ser pintadas. E talvez, pra melhorar um pouco este visual, deveriam ser coladas algumas passadeiras nos degraus, o que esconderia a tinta abaixo delas!

O que fizemos foi cortar cada uma das peças ao meio e fazer uma plataforma retangular de MDF na mesma espessura que serviu como ligação entre cada uma das metades. Assim, uma metade foi ligada à plataforma em sentido horizontal e outra em sentido vertical. Difícil de entender? A imagem acima explica tudo!

Além disso, foi feita toda a balaustrada tingida em castanho na lateral das escadas e claro, cada degrau, foi coberto por lâminas de madeira. Não só os degraus, mas as laterais e a parte de baixo da escadaria. O acabamento é perfeito!

Depois de pronto, tenho até dúvidas se devo ou não colocar passadeiras nas escadas, pois elas esconderiam todo o trabalho em madeira... Mas o que importa é que ganhei os espaços que ficam embaixo delas, onde posso dispor objetos num cantinho mais escondido do ambiente além de ter escadas muito mais charmosas.

Na imagem acima, existe um suporte em madeira mais clara, mas ele não existe, está aí apenas para facilitar a tomada da foto, já que a escada não pára de pé sem um apoio.

Detalhe do pórtico


Apenas para facilitar a visualização, vai aí uma foto do pórtico mais aproximada.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

E afinal, como ficou o pórtico principal?


Uma vez que a casa recebeu sua pintura externa final, com uma cor que agradou (ufa!), já pudemos passar para a peça especial que fica no pórtico principal.

Como esta peça é feita em resina, foi preciso fazer uma pintura básica com tinta latex branca para criar um fundo e depois de seca, uma levíssima pátina com betume diluído apenas nos relevos para que os detalhes não se perdessem na peça totalmente branca, pois os sulcos desaparecem sob estas condições.

Para finalizar, foi só colar com cola branca em seu lugar!

domingo, 18 de novembro de 2007

E a cor externa não estava incomodando?


Como eu já havia comentado aqui no blog, a casa foi inicialmente pintada, no lado externo, com um verde que me desagradou bastante. Eu não conseguia entender muito bem o que estava me incomodando todas as vezes que eu olhava para a casa... aos poucos percebi que foi o tom de verde e a idéia de tentar fazer portas e janelas com aparência envelhecida.

Decidi me livrar deste problema de uma vez por todas e, por volta de outubro do ano de 2005, voltei a uma loja de tintas e procurei pela cor que mais me chamasse a atenção. Esta cor foi um salmão (marrom com tom rosado), longe do rosa bebê ou do pink!

Acho que na verdade eu não queria fazer uma casa de bonecas cor-de-rosa (por ter um ar um pouco infantil) e ao mesmo tempo não queria aqueles tons de azul e verde que usamos nas casas brasileiras (com aquela mistura de cal e corante!).

As portas e janelas foram repintadas com tinta spray branca, o que deu um novo e bonito acabamento. Por fim, acho que chegamos a um resultado bastante satisfatório!

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

E as paredes da cozinha?


Já vimos como ficou o piso da cozinha mas falta saber como foram feitas as paredes deste ambiente.

Utilizamos um material industrializado que é plástico injetado no formato de pequenos quadradinhos que servem como azulejos de cozinha. Este material está em perfeita escala 1:12 e é feito especificamente para este uso.

Os quadradinhos são fabricados em placas que já têm brilho próprio e textura lisa, não é preciso qualquer acabamento com lixas, vernizes ou outro material. Apenas utilizamos pequenos decalques florais (daqueles antigos que são amolecidos com água e transferidos para a superfície em questão) na fileira de azulejos superior para criar um ambiente mais feminino e delicado.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

E o quarto infantil?


A imagem acima pode assustar em contraposição ao título porque este é um quarto infantil que não utiliza cores como rosa ou azul claros ou tons pastéis, mas existe uma explicação simples para isso: este é um quarto inglês do período vitoriano. A bem da verdade, os quartos de bebê como costumamos ver são invenção norte-americana, país de onde costumamos emprestar muitos costumes.

O quarto utiliza papel de parede verde e branco, com motivos florais bastante delicados. Na parte superior foi utilizada tinta verde para complementar.

É o único ambiente da casa que possui carpete no piso em lugar de madeira ou piso frio. A cor é verde bastante escuro e busca a sensação de conforto para as crianças que ali pudessem residir.

Claro que a alegria do ambiente deverá ficar por conta de móveis claros e muitos brinquedos por todos os lados!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

E o quarto do casal?


No quarto do casal, nenhuma novidade. O piso utiliza lâminas de madeira na diagonal e marchetaria e o papel de parede é floral em tons de azul.

Vale lembrar que no período vitoriano, os ambientes eram decorados seguindo a idéia de masculino e feminino. O quarto, é um ambiente neutro, desta forma, o papel de parede escolhido se encaixa perfeitamente no contexto, já que tem por cor principal um tom relativamente sóbrio, mas ao mesmo tempo, carrega a delicadeza dos motivos florais.

O "buraco" que se vê à direita da imagem acima é o local onde fica a escada que leva para o andar de baixo. Já se pode ver o papel de parede do escritório aparecendo!

terça-feira, 13 de novembro de 2007

E a sala de jantar?


Na sala de jantar (e também em outros ambientes), foi feito um piso que mistura lâminas de madeira na cor castanho com marchetaria.

Foram criadas diferentes distribuições destas lâminas nos ambientes a fim de caracterizá-los bem. Assim, existem pisos com lâminas na horizontal, vertical, diagonal e concêntricas.

É interessante reparar que esta é uma diferença bastante sutil, porque a cor da lâmina é a mesma em todos os ambientes, o que dá a sensação de unidade que buscamos, porém, a diferença de distribuição dá personalidade a cada um deles.

Na foto acima, pode-se ver a sala de jantar com lâminas na vertical e as paredes com uma mistura de papel de parede nos 3/4 superiores e um trabalho de relevo no 1/4 inferior. O relevo recebeu uma pequena dose de dourado nos detalhes florais a fim de criar profundidade e iluminar o ambiente, combinando sutilmente com os motivos, também florais do papel de parede, em discreto dourado.

O vermelho predominante aquece o ambiente e o torna convidativo e aconchegante, o que normalmente é esperado de um local assim, onde se reunia toda a família à época histórica em que se situa o projeto.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Mas, e como ficaram as paredes?


As paredes foram todas feitas com uma técnica de cartonagem bastante simples. Fizemos a colagem dos papéis de parede em cartões especiais que depois foram colados apenas com fita dupla-face sobre as paredes da casa em (MDF).

Esta idéia visa proteger o esquema de iluminação, já que existem canaletas por toda a estrutura da casa por onde passa a fiação que pode precisar de manutenção a qualquer hora. Acreditamos ainda, que seja mais fácil fazer uma futura "reforma" na casa, com a troca de papíes de parede, por exemplo, com o uso da cartonagem.

Alguns destes cartões foram feitos com papel de parede colado em toda a sua extensão e outros têm o papel de parede apenas até 3/4 da altura, sendo que a diferença foi pintada com tinta PVA (ou latex). Desta forma, criamos a idéia de diferentes tipos de decoração nos ambientes.

Na foto acima, vêem-se os cartões das paredes da sala de estar apenas encaixadas em seus lugares para testes. Neste caso, o papel de parede ocupa toda a extensão (do chão ao teto).

domingo, 11 de novembro de 2007

Sultão de Brunei se apropria de miniatura do Corão folheada a ouro


O sultão de Brunei, Hassanal Bolkiah, se apropriou de uma miniatura folheada do Corão a ouro que tem 400 anos e é avaliada em US$ 8 milhões, depois que os donos desistiram de reaver a peça.
A Corte Suprema do estado de Nova Gales do Sul, na Austrália, rejeitou um processo apresentado pela empresa australiana Garsec contra o sultão de Brunei por descumprir sua palavra, porque a Justiça australiana não tem jurisdição em Brunei.
Segundo a ação, em 2005 a Garsec falou com Bolkiah sobre a miniatura e o multimilionário sultão demonstrou grande interesse no objeto. Ele teria afirmado que desejava comprar a peça para dar de presente de casamento à sua terceira esposa, a apresentadora de televisão Azrinaz Mazhar Hakim.
Aparentemente, a Garsec adquiriu a milionária miniatura na Rússia de um antigo agente da KGB.

sábado, 10 de novembro de 2007

E o piso da cozinha?


Para o piso da cozinha, a idéia era utilizar algo que parecesse lajota, então foi utilizada uma pastilha de 2,5 x 2,5 cm que é artesanal e tem acabamento vitrificado de médio brilho. O resultado é excelente porque cria uma atmosfera mais rústica sem perder o toque de sofisticação.

Neste caso, não foi utilizado rejunte para que ele não criasse um padrão único no visual geral que é despadronizado, ou seja, as pastilhas, por serem artesanais, possuem tons e nuanças diferentes entre si, o que é muito bonito e dá a sensação de um piso um pouco mais gasto pela ação do tempo e, caso fosse utilizado o rejunte, este pareceria inteiro novo e a sensação visual seria de algo falso.

Dica: É sempre preciso tomar cuidado com a mistura de materiais em um trabalho porque quando eles destoam entre si causam este incômodo no olhar, que as vezes nem sabemos de onde vem. Este tipo de desequilíbrio pode ser evitado sempre que fazemos testes antes de tomar alguma decisão.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Substituindo detalhes no pórtico principal


O kit original da casa traz um interessante pórtico, em formato triangular de base alta, que deveria ser decorado com uma peça, também inclusa, muito simples (no detalhe de fundo azul da foto acima), pra não dizer simplória! Uma peça que não agregava luxo ao visual externo da casa, pelo contrário, tornava o visual chinfrim.
A bem da verdade, o pórtico até ficaria mais imponente sem aquela peça, totalmente limpo. Mas felizmente, tive a oportunidade de ganhar de uma amiga, diretamente da Espanha, uma nova peça fabricada em resina que é simplesmente incrível.
A nova peça traz motivos folhares e em destaque, um relevo de um grande vaso com rosas ladeado por colunas em formato de asas.
Este detalhe realmente criou um visual muito interessante e mais nobre, exatamente dentro da medida, considerando o período histórico (vitoriano) e o fato de este projeto ser uma reprodução de casa de classe média.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

E as paredes?


Para as paredes foram selecionados papéis de parede em miniatura importados da Espanha, os quais ganhei de uma amiga.
O interessante destes papéis é que, como são feitos especificamente para miniaturas, mantêm a escala em perfeita harmonia além de terem a textura e aparência idênticas as dos papéis que usamos na vida real. Também têm a propriedade de aceitar a cola sem dificuldades, não deixando vazar, manchar ou criar bolhas.
Todos os papéis respeitam motivos e cores muito utilizados durante o período vitoriano, momento histórico aproximado em que situei meu projeto. Eram comuns cores fortes (porém sóbrias), padrões rebuscados, listras e florais.

Da esquerda para a direita:

- azul: quarto de casal;

- verde: quarto de criança;

- florido com borda: sala de estar;

- vermelho: sala de jantar;

- listrado: escritório.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Mas afinal, o que é decoração estrutural?

O que chamo de decoração estrutural da casa de bonecas se refere a toda esta parte de pisos, paredes e tetos dos ambientes. Tudo isso precisa ser preparado e decorado antes da entrada de móveis ou quaisquer outras peças.

Este trabalho começou já no ano de 2005 com o piso do banheiro. Tive a idéia de fazer um piso de pastilhas (aquelas que são usadas para mosaico, porém na medida de 1x1 cm) muito fácil e de efeito super interessante.

Inicialmente fiz um piso misturando tons de branco, azul royal e azul piscina. O resultado final foi péssimo! Completamente falso... Depois, decidi por trabalhar todo o piso apenas com o azul piscina, criando um interessante contraste com o rejunte que é branco.

Para fazê-lo, basta soltar as pastilhas do papel em que elas são vendidas utilizando água; criar com lápis, em um papelão qualquer, algumas linhas de base que servirão para guiar o trabalho; colar as pastilhas com cola branca, uma a uma, até terminar; esperar secar; passar rejunte e; limpar.

Pronto! O primeiro piso está pronto, faltam só mais 7!

terça-feira, 6 de novembro de 2007

E a mobília?


A esta altura do projeto, minha coleção de móveis já estava se formando. Alguns adquiridos em coleções vendidas nas bancas de jornais, outros comprados, importados, ganhados... Já começava assim outro projeto na cabeça: o de decoração!

Foram feitas várias versões do projeto de decoração procurando imaginar várias hipóteses e respeitando algumas coisas que não se pode esquecer numa miniatura:

- os móveis precisam ficar dispostos de maneira que uma "pessoa" pudesse passar entre eles, ou seja, é preciso respeitar a lei da livre circulação;

- móveis, em geral, precisam ficar com sua face voltada para o lado externo da casa, como numa vitrine, de forma que os espectadores possam vê-los. De nada adianta colocar uma cômoda linda de costas para o lado externo, só pra que ela fique embaixo da janela, porque ninguém vai vê-la! É claro que brincar com espelhos pode resolver este problema em alguns ambientes;

- não gosto muito da idéia de colar os móveis na casa (mesmo que seja com massinhas especiais pra isso como Mini Hold ou Tak) porque isso ajuda a criar aquela preguiça de nunca mais trocar nada de lugar com a desculpa de estar preso;

- usar um mesmo padrão de cor e textura da mobília, por ambiente, ajuda a manter a harmonia dele. Em contrapartida, contrastes bem pensados podem harmonizar tanto ou mais um projeto;

- fazer muitos testes, como o que aparece na foto acima, antes de definir qualquer coisa, pode ajudar, além de ouvir, é claro, muitas opiniões;

- ambientar o projeto em um contexto histórico ajuda a manter um mínimo de coerência entre as peças de mobília que se juntam num mesmo ambiente. Isso não quer dizer que todas as peças têm de ser de uma mesma época, mas pelo menos devem ser todos anteriores a um período que se determina como tempo presente;

- pesquisar muito os costumes e ambientes: livros, revistas, exposições, internet e bate papo com amigos mais velhos são itens obrigatórios;

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

E qual é a aparência até agora?


Neste ponto do projeto, já no ano de 2004, a aparência da casa era essa da imagem acima.

Temos a parte externa pintada, a estrutura montada e as janelas tomando seus lugares... Alguns lustres foram temporariamente conectados para se poder ter alguma noção da aparência final e da quantidade de luz artificial que cada ambiente receberia.
Mas ainda faltam janelas, portas, telhado, decoração estrutural interna e o jardim inteiro para serem finalizados...

Miniatura de livro sobre Harry Potter é vendida por 18.000 euros


Um livro miniatura sobre Harry Potter autografado por sua multimilionária criadora, JK Rowling, foi vendido por 18.000 euros em um leilão organizado para arrecadar fundos para os sem teto na casa de leilões Sotheby's de Londres.
O livro, um guia de tudo o que Harry precisa para sua vida diária na Escola Howarts de Magia e Bruxaria, faz parte de um total de 24 miniaturas em branco que a organizadora do leilão, a revista britânica "Tatler", enviou para famosos para que os preenchessem com seus histórias.
O livreto de Rowling, que tem até desenhos do chapéu de mago de Harry, de sua vassoura voadora e de seus óculos, foi o terceiro mais caro do leilão, segundo detalhes divulgados hoje, quarta-feira.
A peça que arrecadou mais dinheiro - 28.000 euros - foi da lenda do boxe Muhamed Ali. Em segundo, ficou o livro miniatura do ex-Beatle Paul McCartney, vendido por 21.000 euros.

domingo, 4 de novembro de 2007

Mas como era o projeto original?


Com esta imagem fica mais fácil entender a questão das escadas de que falei na postagem anterior. Este é o projeto original do fabricante (parte superior da casa). Repare como as escadas ficam bem no centro, dividindo os ambientes simetricamente e ladeadas por "paredes".
Na verdade, as escadas colocadas assim, ficam estranhas porque chegam muito perto da parte externa da casa e, principalmente, nos fazem perder todo o espaço que está embaixo das escadas, que fica inutilizado, confinado entre as "paredes".
Além disso, quando se abria a portinha de entrada da casa, logo se via uma escada... um convite para ir direto ao quarto no andar superior? Acho que não... incoerência de projeto mesmo!

E estes buracos bem no meio?


No centro dos pisos da parte superior da casa existem as aberturas para a passagem das escadas que levam os "moradores" da casa de um andar ao outro de seu lar.

O projeto do fabricante trazia 2 escadas retas, também feitas em MDF, com a face voltada para quem olha a casa de frente, o que torna o visual completamente falso. As escadas seriam ladeadas por 2 placas que fariam o papel de paredes, confinando-as enfim... outro detalhe de visual inconsistente.

sábado, 3 de novembro de 2007

E na frente?


Tanto a frente da casa (na parte superior) quanto as laterais (na parte inferior) são fechadas por placas de MDF que são presas à estrutura principal com dobradiças. Olhando friamente, a casa parece um armário de cozinha, porque tem portas com dobradiças da mesma forma!

E o telhado?


O telhado da casa foi, inicialmente, pregado a ela, pois o projeto original feito pelo fabricante não previa que houvesse o movimento basculante, já que a casa não possui um sótão.
Alguns anos depois, decidi comprar dobradiças de latão para poder alavancar o movimento do telhado, o que se mostrou algo bastante interessante porque permite uma melhor visão dos ambientes superiores.
Infelizmente não existe ângulo de abertura do telhado para que este se apóie corretamente, então, ainda preciso inventar alguma coisa para escorá-lo quando aberto.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

E por onde começa?


A casa é dividade em 2 partes: a superior com 6 ambientes e a inferior com mais 2 ambientes e o jardim em frente a ela.

Iniciamos, então, pela parte inferior (que pode ser vista na postagem anterior) e passamos para a superior (na foto acima) e, basicamente com cola para madeira, pregos e parafusos, finalizamos a montagem depois de algumas horas de trabalho que acabaram, literalmente, em pizza!
Foi uma tarde muito divertida!

Vamos montar?


Finalmente, em agosto de 2002, decidi iniciar a montagem da casa. Ela já estava pintada (com o infâme verde que escolhi), eletrificada (o projeto de iluminação concluído) e pronta para ficar de pé definitivamente.
Contei com a ajuda de amigos mais experientes em projetos em miniaturas, o que foi essencial, já que não tínhamos blogs dispostos a dar dicas à época!

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

E funciona?


Funciona! E é muito divertido!
Nesta imagem, já com o espaço do ambiente montado, pode-se ver o interruptor (vermelho), os locais para arandelas (azul), a canaleta de passagem da fiação pelo piso do ambiente (amarelo) e um lustre de 3 lâmpadas funcionando no teto.

Mostra os detalhes aí...


O interessante deste projeto, que foi o primeiro deste tipo executado no Brasil, é que temos tomadas e interruptores que funcionam como em uma casa real. Assim, pode-se acender e apagar as luzes de um ambiente independentemente dos outros.
As tomadas também serviram como locais para conexão de arandelas nas paredes do fundo dos ambientes e lustres no teto dos mesmos.
Na imagem acima, a seta azul mostra uma das conexões para arandela e a vermelha, um dos interruptores.

Mas e pra onde vai tudo isso?



A iluminação da casa gerou uma quantidade imensa de fios! Mas todos eles foram devidamente organizados na parte posterior da casa e ligados em um intrincado "quadro de luz" feito por este pessoal especializado.
E por fim, este quadro é ligado à uma fonte que converte a voltagem de 110v para 12v, voltagem esta que é normalmente utilizada neste tipo de projeto. Não vou aprofundar muito neste contexto porque eu não estou suficientemente especializado nele!