segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Cidade-miniatura do "seo" Mário será reaberta em Lins


Depois de oito anos “encaixotada”, a famosa cidade-miniatura do “seo” Mário foi restaurada e será montada em um prédio especialmente construído pela Fundação Paulista de Tecnologia e Educação. A cidade, que começou como um simples presépio em 1948, será reinaugurada nesta sexta-feira, em Lins (102 quilômetros de Bauru).

Conta a história que o presépio surgiu através de uma promessa feita pelo então agricultor Mário Ramos Nogueira, que viu sua pequena criação de gado morrer inexplicavelmente. “Seo” Mário prometeu então que se as mortes parassem, ele montaria o presépio. Foi o que aconteceu em 1948.

Desde então, o pequeno presépio foi ganhando novos elementos, até se tornar uma completa cidade em miniatura que era exposta à população. A criação de “seo” Mário, como ficou carinhosamente conhecido, se tornou um dos símbolos da cidade.

Debilitado pela idade e sem poder manter sozinho a miniatura, “seo” Mário foi obrigado a doá-la, em 1998, para a Faculdade “Auxilium” de Lins (FAL), com a esperança de que a cidade continuasse a “evoluir” pelas mãos de terceiros. Mas isso não ocorreu e as peças ficaram guardadas durante oito anos dentro de caixas. Em meio a este período, em 2003, o criador da cidade miniatura faleceu.

Porém, em janeiro deste ano, em comum acordo com a viúva de “seo” Mário, dona Matilde, a FAL doou o material para a Fundação Paulista de Tecnologia e Educação, que recebeu as peças da cidade-miniatura. Durante todo o ano de 2007, professores e estagiários da Fundação recuperaram grande parte do material.

Agora, a cidade será montada novamente em um lugar especialmente criado para isso. Um prédio de aproximadamente 200 metros quadrados abriga a criação do “seo” Mário. Novas peças foram acrescentadas, para substituir as que não puderam ser recuperadas e a minicidade ganhou ar modernizado, inclusive com a mecanização de algumas peças.

“Neste ano, estagiários, professores, colaboradores trabalharam para restaurar a cidade miniatura e inserir mecanismos mais modernos, como sistemas automatizados”, confirma a assessoria de imprensa da instituição.


Memória

O local também ganhou um painel com a história do “seo” Mário e no fundo da minicidade foi colocada uma foto panorâmica de Lins. A homenagem ao cidadão ilustre de Lins não para por aí. Existe projeto para a criação de um museu que abrigará as peças criadas pelo agricultor e que não foram reaproveitadas.

A Fundação Paulista promete que manterá viva a memória de “seo” Mário, inclusive aumentando continuamente a cidade com novos objetos, como gostava de fazer o seu criador.

A cidade-miniatura será inaugurada oficialmente nesta sexta-feira, às 20h, no campus da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação localizado na avenida Nicolau Zarvos, n.º 1925, Jardim Aeroporto, próximo ao portal de entrada.

Inicialmente, a cidade estará disponível a visitação apenas para a apreciação da imprensa e, a partir de janeiro do ano que vem, estará aberta ao público.
Por Davi Venturino para JCNET (jornal da cidade de Bauru)

domingo, 30 de dezembro de 2007

Peças de requinte...

O chá é servido em uma miniatura de porcelana da marca alemã Reuter com detalhes em dourado que é realmente muito bem feita e perfeitamente em escala, o que costuma ser difícil de se encontrar em termos de porcelana, não apenas em medidas externas mas em espessura do material.

Ao lado está o pote (em vidro) de biscoitos e ao fundo um conjunto de peças para chá que imitam prata (infelizmente estas peças não são verdadeiramente em prata, mas existem artistas incríveis que fazem este tipo de coisa no Brasil!).

sábado, 29 de dezembro de 2007

Na mesa, o chá das 5h!


A mesa na sala de jantar vitoriana tem um papel importante no sentido de que é nela em que se reune a família no final do dia para confraternizar-se durante a refeição.

Neste período não existia a hipótese dos membros familiares fazerem suas refeições em horários ou locais diferentes da casa.

A mesa como está posta no meu projeto não remete à idéia de uma grande refeição, mas de um pequeno chá com leite e biscoitos às 5h em ponto!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

A arte de miniaturizar nos permite ser livres


"Hoje levantei e aqui com "meus zipers" fiquei pensando , o que eu gostaria de desejar a você neste final de ano... felicidade, alegria, concretização de sonhos... tudo isto não é o suficiente para expressar o que sinto , acho que o que mais quero para você miniaturista é incentivá-lo a continuar nesta arte.

O que nos une ? O que caracteriza este grupo ? Será que apenas nosso gosto por miniaturas? Acho que não , o que nos une é que nós ousamos sonhar os sonhos de Deus... Em cada peça que confeccionamos , cada ambiente que montamos estamos indo além de "brincar de casinha" estamos criando , e lembremos que o dom da criação vem de Deus. É algo sublime e encantador vermos concretizado nossos sonhos.

A arte de miniaturizar nos permite ser livres , livres para criar , creio que por isto muito de nós não gosta de fazer coisas pré determinadas , projetos formatadinhos , vivemos em um mundo " real " cheio de regras e leis, onde tentam a todos custo nos controlar , e por isto não permitimos que nosso " mundinho " seja invadido por elas ou controlado por outros.

Um dia uma amiga me disse , " todo miniaturista é um controlador " realmente ela tem razão porque quando fazemos nossas obras , trazemos para o real algo que existe apenas no nosso pensamento e vamos peça a peça construindo nosso mundinho , mas quando levamos isto a público , nossas obras prontas , aí este " nosso mundinho " faz com que outras pessoas se permitam sonhar .

Meu amigo e minha amiga , ser miniaturista é viver na " contra mão " , enquanto no mundo as pessoas vão cada dia mais se contaminando pelo " tem que ser assim " nós aqui do outro lado dizemos , olha não tem que ser assim , pode ser como você sonhou , este sentimento nos transforma em pessoas ousadas, ah! sim, para ser miniaturista temos que ser ousados.

(...) Resumindo , passo a você o slogam que usamos na nossa exposição: o miniaturismo é “O momento histórico sendo cristalizado através do olhar mágico e detalhista do miniaturista , encantando e proporcionando uma nova ótica de observar o cotidiano”.

Muitas pessoas com coragem vieram antes de nós e começaram a desbravar este caminho , nós continuamos , sem saber ao certo que virá depois de nós, mas creia muitos e muitos virão. 2008 será um ano diferente para o miniaturismo pois sonhos que tivemos no passado e mantivemos se concretizará e você faz parte dele .

Não desista jamais , porque você é um escolhido para sonhar o sonho de Deus. "

Jussara Teixeira (miniaturista de Ribeirão Preto/SP, organizadora de exposições do miniaturismo no interior paulista)

Imagem: Autor desconhecido

domingo, 23 de dezembro de 2007

Natal Teddy Bear


Assista a um meigo filme (1:09 minuto) rodado em uma Casa de Bonecas, onde um Teddy Bear faz os preparativos para receber alguém no Natal, clicando aqui. Um charme!
Colaboração: Maria Eugênia Santana - Nina (miniaturista)

sábado, 22 de dezembro de 2007

Natal: Origem do termo


Do latim 'natális', derivada do verbo 'nascor, nascéris, natus sum, nasci', significando nascer, ser posto no mundo.

Como adjetivo, significa também o local onde ocorreu o nascimento de alguém ou de alguma coisa.

Como festa religiosa, o Natal, comemorado no dia 25 de dezembro desde o Século IV pela Igreja ocidental e desde o século V pela Igreja oriental, celebra o nascimento de Jesus e assim é o seu significado nas línguas românicas - italiano 'natale', francês 'noël', catalão 'nadal', espanhol 'natal'( navidad de J.C), português 'natal'.

Em inglês, a palavra que designa o Natal - 'Christmas' - provém das palavras latinas 'Cristes maesse', significando em inglês 'Christ's Mass", missa de Cristo. Muitos historiadores localizam a primeira celebração em Roma, no ano 336 D.C.

De 'natális' deriva também 'natureza', o somatório das forças ativas em todo o universo.

Que este nascimento, entendido como mudança positiva e abertura de novos caminhos e possibilidades e ainda, este somatório das forças do universo, aconteçam em toda a Nação Minimaníaca neste Natal e no Ano que logo se inicia!

Nossas atividades devem ser reduzidas daqui pra frente, mas agradeço a todos pelo carinho e o fiel acompanhamento do nosso blog até o momento. Obrigado por tudo!
Origem do termo por Wikipédia
Imagem de cena de Natal em escala 1:12 de Ivani Grande (miniaturista)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Um mundo de criança em miniatura


Vistos de longe, os brinquedos miúdos até parecem de verdade. A coleção é o sonho de várias crianças: tornar a brincadeira o mais real possível.

Assista a esta gostosa matéria em vídeo (4:12 minutos), feito para o programa Terra de Minas (*) da Rede Globo, clicando aqui.


(*) O Terra de Minas é um programa que viaja pelo estado para contar a história, mostrar o patrimônio e a cultura de Minas Gerais. As receitas da famosa culinária mineira também são apresentadas por grandes chefes de cozinha e pelas donas de casa que dominam, como ninguém, os segredos de pratos feitos e refeitos há séculos.

Os artistas e os artesãos, as tradições mineiras - festas populares, o folclore, a religiosidade - tudo isso também está no Terra de Minas. O programa estreou em 21 de outubro de 2001. É exibido em todas as regiões de Minas, nos outros estados, pela Globo News, e em 50 países, pela Globo Internacional.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

E onde se serve o que é feito na cozinha?


Já vimos um pouco do lugar onde é feita a comida, então, vamos ver um pouco do local onde ela é servida! A imagem acima mostra o visual geral da sala de jantar da casa que fica no 1º andar dela.

É um ambiente um pouco mais limpo tomando-se por base como eram decoradas as casas no período vitoriano, com muitos quadros e enfeites por todos os lados.

Estão dispostos: uma mesa com 4 lugares ao centro (certamente as famílias poderiam ser maiores neste período, mas como existem limitações de espaço nos projetos em escala, decidi pela mesa com 4 lugares); um aparador ao fundo com um grande espelho acima e torres com bonitas plantas ladeando o móvel e; um lustre um pouco mais vistoso em virtude da importância deste cômodo na recepção de visitas.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

E a casa de bonecas mais famosa do mundo?


A casa de bonecas mais famosa do mundo é a Queen Mary's. Esta casa foi projetada por Sir Edwin Lutyens, em 1924, e o seu paisagismo feito por Gertrude Jekyll.

A casa foi construída na escala 1:12, é completa e funcional, tendo funcionando a parte hidráulica e elétrica, bem como dois elevadores. Esta casa continua intacta e pode ser vista no castelo de Windsor na Inglaterra.

Por Wikipédia

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

E a primeira Casa de Bonecas?


A primeira Casa de Bonecas de que se tem notícias é datada de 1558, quando o Duque da Baviera, Albrecht V, mandou construir uma casa em miniatura para presentear sua filha, porém devido a riqueza do detalhamento e realismo da obra, o próprio Duque acabou por incluir a casa em sua coleção de obras de arte.

Esta casa foi destruída em um grande incêndio no ano de 1674 no palácio do Duque.

Por Wikipédia

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

O que é uma miniatura?

Miniatura é uma réplica confeccionada em escala reduzida de um objeto, imagem ou criatura real. As miniaturas são especialmente apreciadas pelos colecionistas.


Por Wikipédia

E as louças?



Este armário de cozinha era normalmente chamado de comideiro ou guarda-louça. Não conhecido apenas dos europeus mas também dos americanos em geral, sabe-se que muitas casas no Brasil ainda têm este tipo de móvel bastante interessante.

Usualmente este móvel era utilizado na cozinha das casas para manter as louças organizadas, uma vez que se possuíam os "aparelhos" de jantar ou conjuntos completos de pratos em diversos tamanhos e para diversas utilidades, xícaras, travessas, molheiras, sopeiras, cremeiras, entre outras peças.

Mas fato é que as louças, muitas vezes importadas da Ásia ou de outros países da Europa, sempre foram verdadeiras obras de arte com pinturas feitas à mão e queimadas em processos complexos de fornos de altas temperaturas. Muitas vezes recebiam detalhes em metais preciosos como prata e ouro.

Desta forma, não foi difícil que este móvel aos poucos recebesse local de destaque nas salas de jantar, onde podiam ser exibidas as tão delicadas peças de porcelana com motivos, relevos e monogramas da mais alta qualidade.

No caso do móvel que está na minha casa em miniatura, a peça adquire o caráter tipicamente funcional, pois além de abrigar as louças no ambiente da cozinha, mantém em sua área fechada (na parte inferior) parte dos mantimentos da casa como enlatados em geral. No alto, podem-se ver latas de mantimentos e utensílios de cozinha, bem como em sua lateral direita.

Esta é uma peça considerada pequena (a que está em meu projeto), pois em muitas casas de mais alto padrão era possível encontrar este tipo de armário ocupando uma parede inteira e abrigando conjuntos de mais de 500 peças em porcelana que serviam para todas as ocasiões e para muitos convidados.

É interessante reparar nas gavetas que ficam ao centro do móvel, onde eram guardados os talheres. Talheres estes que, geralmente, também eram obras de arte da cutelaria em metais preciosos como prata e algumas vezes com relevos em ouro ou incrustação de pedras preciosas e semi-preciosas.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Exposição e Bazar de Final de Ano em São Paulo


Teve início ontem a I Febramini (Feira Brasileira de Miniaturas) que acontece no Atelier Pépp & Orson em São Paulo, onde miniaturistas vindos de todos os lugares puderam encontrar peças pequenas em tamanho e gigantes em sua capacidade de encantar ao primeiro olhar.

São vários expositores queimando seus estoques de 2007 e preparando os colecionadores e curiosos para seus lançamentos em 2008. Os objetos oferecidos são majoritariamente feitos à mão por seus criadores e em escala 1:12.

Podem-se encontrar desde pequenas reproduções da fauna, da flora e da gastronomia até peças de mobiliário de fino acabamento, passando pelo lançamento do primeiro livro sobre miniaturas em língua portuguesa.

Pra fechar o ano com chave de ouro acontece, paralelamente no Atelier, o encerramento da Exposição Itinerante que vem de Ribeirão Preto trazendo uma preciosa coleção de mini ambientes de artistas de todo o país. Encanto e magia espalhados por mais de 20 peças incríveis!

O evento continua até hoje na R. Prof. Dr. José Marques da Cruz, 49 - Brooklin - São Paulo/SP, com entrada gratuita, das 15h às 21h.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Concurso de Miniaturas no Maranhão


Impulsionada por um projeto de extensão da Universidade Federal do Maranhão, a produção maranhense de miniaturas artísticas vêm crescendo nos últimos cinco anos. Miniaturas de telas com pinturas em diferentes técnicas, esculturas e maquetes ganham mercado, conquistam consumidores exigentes de artes plásticas e geram novas oportunidades de emprego e renda para artistas e artesãos do Maranhão.
O 6º Concurso Maranhense de Miniatura Artística, que ocorrerá de 08 a 31 de janeiro, visa incentivar o exercício criativo em evento de caráter competitivo.
Poderão participar artistas e artesãos brasileiros e/ou estrangeiros residentes no país, assim como pessoas da comunidade que criem este gênero de peças, que, tridimensionais e elaboradas com diversos materiais, atingem dimensões muito reduzidas.
As inscrições, que são gratuitas, podem ser feitas até o dia 22 de dezembro no Palacete Gentil Braga (Rua Grande, 782 - Centro, São Luís-MA), das 14h às 18h. Maiores informações podem ser obtidas pelo telefone (98) 3232 3901 e pelo e-mail dac_ufma@yahoo.com.br.
Os trabalhos inscritos serão julgados por um júri de até cinco membros, indicados pelos Departamentos de Assuntos Culturais (DAC) e de Artes (DEARTE), que, juntos ao de Comunicação Social (DCSo), são responsáveis pela realização do evento.
O diretor do DAC, Euclides Moreira Neto, informa que os trabalhos serão julgados pela unidade visual do conjunto da obra, assim como elenca outros critérios. “Destreza técnica na utilização do material e capacidade sintática na configuração visual em pequenas dimensões”, destaca ele.
Serão atribuídos três prêmios nos valores de R$ 500,00 (quinhentos reais), R$ 300,00 (trezentos reais) e R$ 200,00 (duzentos reais), respectivamente para os 1º, 2º e 3º colocados. O júri poderá ainda outorgar quantas menções honrosas achar conveniente.
Também será fornecido Certificado de Participação a todos os inscritos, desde que requerido até 30 dias após o encerramento do 6º Concurso Maranhense de Miniatura Artística.
Por Dac/UFMA

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

E o que tem nesta pia?


A pia, pra ter aquele efeito mais realístico, tem louça suja! Isso mesmo, alguns pratos na pia ajudam a criar a idéia de movimento de que tanto temos falado aqui no Nação Minimaníaca blog.

Além disso, pode causar estranheza o fato de termos tanto torneiras quanto uma bomba manual nesta pia, mas existe uma explicação razoável pra isso. No período histórico em que situei o projeto da casa, que é nas décadas pós-vitorianas, muitas facilidades já existiam e já começavam a ser utilizadas pelas famílias como a energia elétrica e a água encanada.

Mas a verdade é que estas facilidades ainda tinham funcionamento bastante precário. Imagine dias em que a água não fluía pelas torneiras ou que a energia elétrica não estava disponível? Era preciso manter sempre uma segunda opção nestes casos.

Por isso, você vai encontrar neste projeto coisas como lamparinas à querosene e luminárias elétricas convivendo em harmonia!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Miniaturas mais baratas em todo o Brasil!


A partir de 31 de dezembro, já podemos ter miniaturas 0,38% mais baratas em todo o Brasil! Vejam porque:

O governo não conseguiu passar dos 45 votos favoráveis à prorrogação da CPMF, como previa a oposição. Assim, após uma sessão que durou quase 8 horas, o governo saiu derrotado, já na quinta-feira, na polêmica questão do chamado "imposto do cheque".
Charge de Ivan Cabral
Reportagem de Renata de Freitas

Lançamento de Livro: "A Arte das Miniaturas"


O livro "A Arte das Miniaturas, teoria e prática na escala 1:12", de Regina Passy-Yip, mostra como técnicas fáceis, associadas a materiais acessíveis podem criar miniambientes que encantam o olhar do abservador. Um destaque especial é dado à marcenaria fina, onde a construção de móveis é apresentada como um trabalho fácil, delicado e precioso.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

O que é a tal escala 1:12?


Você tem dúvidas sobre o que é a escala 1:12?

Esta é a escala de redução normalmente utilizada para as casas de bonecas em todo o mundo. Uma casa de bonecas pode ser feita em qualquer escala, mas se usa essa em especial pra padronizar e todo mundo poder comprar produtos que vão se combinar entre si em qualquer lugar.

Então como funciona? É assim: se você quer fazer seu sofá em miniatura, precisa tirar as medidas dele e dividir cada uma delas por 12. Então, se o comprimento do sofá é de 1,40m , na sua miniatura, o comprimento será de 11,67cm ou seja, 140cm divididos por 12 = 11,67cm.

Fazendo assim, todas as suas miniaturas estarão em harmonia, ou seja, você não terá um sofá enorme perto de uma mesinha minúscula, então, é pra isso que serve a escala.

E se estiver com preguiça de usar a calculadora, a imagem acima é uma tabela de conversão que você pode imprimir e guardar para ajudar em seus projetos!
Contribuição (tabela): Rosa

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Mas essa cozinha não tem pia?


Tem sim! É que ela fica num lugar inusitado. Na verdade, o lugar da pia é ao lado do fogão, mas se eu deixasse a pia no chão da cozinha, ao se abrir a porta lateral da casa, veríamos as costas da pia, além de que ela prejudicaria a visão do resto da cozinha.

Por este motivo, decidi colar a pia na porta lateral da casa. De forma que quando esta é aberta, pode se ter a total visão do ambiente e ainda se podem ver os detalhes todos da própria pia.

Esta portinha ao lado da pia é falsa! Um excelente recurso para ampliar espaços visualmente. Ela seria a porta de acesso à área de serviço da casa que não foi contemplada neste projeto.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Minha família e amigos amam miniaturas

"Minha família e amigos amam miniaturas. E valorizam meu trabalho. Primeiro porque os eduquei. Segundo pela qualidade do que faço. Terceiro por verem minha dedicação e amor."
Maria Eugênia Santana - Nina (miniaturista de Salvador/BA)

Abertura de 'Duas Caras' reúne 1.500 maquetes de favela do Rio



Alta tecnologia para exibir cada detalhe da simplicidade de chapinhas de refrigerantes, retalhos, papelão, pedaços de fios que compõem a favela da abertura de “Duas Caras”.

Primeira abertura feita em alta definição, a vinheta mostra o crescimento de uma comunidade, cercando dois luxuosos prédios high tech, criados em computação gráfica.

Foram 1.500 maquetes que, juntas, ocuparam aproximadamente 64m² do estúdio de filmagens. Além da favela, que vai crescendo conforme os 70 segundos da abertura são exibidos, fotos em preto e branco registram os bastidores do trabalho dos artesãos. Inspirada na comunidade de Rio das Pedras, na Zona Oeste carioca, a favela da Portelinha é, como a original, uma favela plana e de comércio variado.

"Imagina um terreno baldio, com algumas casa desmontadas, que vai aumentando a quantidade de barracos. Você passeia com a câmera nas ruelas feitas de papelão e vê varais com camisetas de time de futebol, bandeira do Brasil nas janelas e, na cena final, a mão do artista plástico coloca a última peça", conta Hans Donner, que se inspirou no trabalho feito na novela "Selva de Pedra", em 1986.

Foram quase 40 dias entre a encomenda das maquetes à filmagem e a computação gráfica até que tudo ficasse pronto. A idéia surgiu do diretor de arte Roberto Stein, que viu uma exposição de maquetes num shopping carioca e resolveu sugeri-la a Hans. Aí, foi só fazer a 'encomenda' ao artista plástico Sérgio Cezar, que contou com a ajuda de cerca de 10 pessoas de sua equipe, recrutada graças ao trabalho social em comunidades carentes da cidade.

“Esses artistas construíram cada uma das casinhas em miniatura em um clima de descontração tão contagiante, que decidimos mostrar como foi feito esse trabalho na própria abertura, através de fotos. E essa é a primeira abertura feita em alta definição, o que é uma grata coincidência, pois todo esse cenário é muito rico em detalhes, que poderão ser mais percebidos”, explica Hans.

Da Redação da Globo.com

domingo, 9 de dezembro de 2007

Todos nós começamos do zero

"Todos nós começamos do zero, brincando desde pequenos com caixinhas de fósforos que viravam poltroninhas e brilhavam à nossa frente!!! Eu comecei as artes pintando parede e os móveis velhos da casa, depois fui para o artesanato geral e me deparei com as minis, e delas não saio nunca mais!!!"
Betinha Murta (miniaturista de São Paulo/SP)

Amor e ciúmes a gente tem mesmo

"Amor e ciúmes a gente tem mesmo. Eu, por exemplo, não fico triste quando vendo uma peça de cerâmica. Mas quando se trata de um quadro só falto chorar. Até que a pessoa saia com ele debaixo do braço eu olho 300 vezes para o quadro como que me despedindo dele, e preocupada se ele vai ser feliz com a nova "família". E se a pessoa se distrai (e eu rezo para que ela se distraia) eu passo a mão no quadro como que dando adeus e desejando a ele, mentalmente, muitas felicidades. É nesses momentos que eu tenho a mais absoluta certeza de que eu não regulo bem..."
Márcia Beltracchini (miniaturista)

E os comestíveis?


Procurar quem seja capaz de modelar comestíveis em miniatura com perfeição pode ser tarefa das mais difíceis, mas no Brasil existem miniaturistas com esta capacidade! Não importa o material utilizado: biscuit, massa fimo, porcelana fria, pasta de sal ou polymer clay.

É importante notar se as cores utilizadas são próximas ao real. Uma maçã verde é verde, mas que tom de verde? Não pode ser qualquer verde!

E a textura dos alimentos? Brilho excessivo ou escasso podem ser problemas de textura importantes... O nível de detalhes também faz toda a diferença: cabinhos, pintas, ranhuras, cortes, embalagens. Nenhum detalhe pode ser esquecido.

Na imagem acima, vemos alguns bons exemplos de frutas e ovos que ficam sobre a mesa de apoio da cozinha da minha casa. Algumas das frutas estão num pote, outras numa cesta e outras numa fruteira de vidro. Os ovos, em sua típica embalagem de papel. Não deixe de reparar na diferença de cor entre os ovos, pois os reais nunca são iguais uns aos outros!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Agora, encha sua caixinha!

Utensílios de escrita - lápis, apontador, borracha, papel: Você vai usar isso para fazer pequenas anotações, procedimentos, especificações e medidas. Você pode rascunhar plantas baixas e layouts de ambientes, etc.

Base de corte: Pode ser encontrada em lojas de artesanato ou específicas de scrapbooking. Você vai fazer todos os cortes com instrumentos de ponta afiadanesta superfície sem estragar sua mesa ou local de trabalho.

Estilete (com diferentes lâminas de corte substituíveis à mão): Este é essencial para cortar curvas complicadas das miniaturas. Pode ser usado no lugar do estilete comum ou junto com ele.

Tesouras - tesouras de corte, alicates de cúticula, etc.: Vale a pena ter uma variedade de tamanhos de tesouras à mão. Uma tesoura de melhor qualidade para cortar tecidos e outra mais barata para coisas como papel.

Pinças: Tenho certeza de que você imagina como usar as pinças! Mãos desastradas? As pinças salvarão vocês!

Palitos de dente: Você pode usá-los de diversas maneiras. Normalmente servem para ajudar a moldar biscuit ou fimo e muitas vezes acabam se tornando parte da estrutura de móveis e acessórios em miniatura. Tenha tanto os roliços quanto os chapados.

Filme plástico: Você pode usar em seus projetos com modelagem. É ótimo para deixar as peças secando porque não gruda nelas.

Colas: branca, de contato, quente, fria, super.

Régua comum ou escalímetro de arquitetos: A maioria dos iniciantes podem usar a régua comum para desenhar traços retos, então, qualquer régua serve em princípio. Quando você quiser ser preciso criando miniaturas em escala, um escalímetro usado pelos arquitetos será útil. Até lá, você pode usar tabelas de conversão disponíveis na internet.

Alfinetes, linhas, agulhas. Pincéis: Alguns de boa qualidade em pequenos tamanhos mas também alguns grandes.Lixas: Tenha em mãos das mais finas às mais grossas.

Alicates de corte e arame de florista: Isso pode ser usado em várias miniaturas, desde pequenas folhinhas a árvores inteiras.

Retífica manual: Uma ferramenta simples de usar. Não é indispensável em muitos projetos, mas ela se paga sozinha pelo uso que pode ter em toda sua casa. Pode trabalhar como uma boa furadeira ou lixadeira e o céu é o limite com este tipo de equipamento e seus infinitos acessórios.

Pronto para as compras? Comece por uma loja de R$1,99 e só depois vá a uma loja de artigos para artesanato. Quando terminar, terá uma boa e organizada coleção de ferramentas!
Por Chell (Autora de "Chell's Miniature Corner")
Indicação: Maria Eugênia Santana (Nina)
Tradução e adaptação: Edie Brazil (Nação Minimaníaca)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Prepare e Organize sua caixinha de ferramentas e materiais para miniaturas


Ao longo dos anos, a pergunta mais comum entre miniaturistas iniciantes é: "Por onde eu começo?" De fato, ir a uma loja especializada pode ser completamente irresistível. Mas ao contrário disso, porém, é muito simples juntar algumas poucas ferramentas e simplesmente começar.

O primeiro conselho é guardar seu material de trabalho em caixas transparentes. Existem caixas com vários "andares" que podem ser compradas a preços muito razoáveis. Você pode ver dentro das gavetas sem ter de abrí-las, assim, você saberá exatamente o que tem ali.

Da mesma forma, para peças muito pequenas, ferramentas e outros itens menores, você pode usar saquinhos com fecho tipo Ziploc, rotulando cada um com um pedaço de fita crepe.

Fácil? Com isso em mãos, vamos começar a colecionar nossas ferramentas e materiais para miniaturas...

Por Chell (Autora de "Chell's Miniature Corner")
Indicação: Maria Eugênia Santana (Nina)
Tradução e adaptação: Edie Brazil (Nação Minimaníaca)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

E este outro cantinho?


A personagem que habita a minha casa é de forno e fogão sim! E este é o cantinho esquerdo da cozinha, onde fica a mesa de apoio. São muitos elementos dispostos nesta área mas que buscam harmonia entre si.

A idéia é sempre manter certo movimento nas cenas em miniatura, pra que elas não pareçam imóveis e sem vida. Isso é possível quando a gente tenta criar esta sensação de que alguém passou por ali ou de que está por perto, lidando com aquele ambiente e seus objetos.

Este canto tem uma mistura de cores cítricas e pastéis e algum toque de cores quentes. Saber determinar a mistura de cores pode ser o sucesso de uma ambientação. A mobília é toda em tons pastéis com mesclas de marrom claro, desta forma, o verde das maçãs e das folhas no vaso que são tons cítricos constrastam muito bem.

Mas os contrastes sozinhos podem ser perigosos! Preto e branco são contrastes absolutos e por isso criam ambientes modernos, assim, fazer um ambiente vitoriano mesclando estas cores pode parecer falso e fora do contexto histórico, por exemplo.

Então, as pequenas cerejas num recipiente e algumas outras frutas na fruteira mais ao fundo, juntam-se com os latões de cobre embaixo da mesa e com o cabo do moedor de carne preso à mesa e trazem esta sensação mais quente dos vermelhos e amarelos.

Aí é só ir equilibrando cores e buscando novas combinações todo o tempo. Chega uma hora em quea gente diz: "Agora ficou bonito!"

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

E isso funciona?


Sim! Faz parte do projeto de iluminação. O fogão tem um dispositivo eletrônico que faz com que alguns leds (emitem luz mas não são lâmpadas, não entendo muito disso!) pisquem coordenamente. Com isso, consigo ter uma perfeitíssima imitação da presença do fogo no fogão.

O interessante deste dispostivo é que ele foi programado para piscar com mais intensidade assim que é ligado e ir diminuindo a intensidade até se apagar por completo. Esta programação dá a exata sensação do fogo que vai diminuindo até se tornar brasa e virar apenas cinzas.

Gosto sempre de reparar na luz vermelha que fica sobre o tapete da cozinha quando as portinholas da fornalha estão abertas. É um detalhe muito realístico.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Vai pro fogão, dona Maria!


Cuidar de afazeres domésticos neste período não era tarefa fácil! Na cozinha da minha casa um pouco disso está representado, como se pode ver na imagem acima.

O fogão, geralmente feito com materiais metálicos (como ferro fundido) era aquecido com o uso de lenha, o que obrigava a mulher a ir à procura de madeira para queimar quase todos os dias. Além disso, era necessário limpar diariamente as cinzas que sobravam em seu interior. E claro, pequenos acidentes como queimaduras eram muito mais comuns.

No inverno a lenha enxuta ficava cada vez mais rara e era preciso cozinhar com as tais máquinas de petróleo (uma espécie de lamparina gigante que funcionava com o uso de querosene), então, imagine o cheiro na cozinha e consequentemente, na comida!

Mas este cheiro era apenas um dos problemas! Os fogões à lenha expeliam fumaça dentro da casa, o que causava inúmeras doenças respiratórias em quem se prestava a ficar na cozinha durante muito tempo, como asma, bronquite e rinite alérgica, por exemplo, além de irritar constantemente os olhos.

Por outro lado, o antigo fogão fornecia água sempre aquecida à casa, pois existiam compartimentos especiais com esta finalidade nele e, também mantinham parte da casa aquecida durante o rigoroso inverno.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Lugar de mulher, é na cozinha?


Bom, se a cozinha for aconchegante como esta... mas a verdade é que à época vitoriana, as mulheres inglesas não tinham muita escolha, possuíam uma rotina que passava entre cuidar dos filhos, da cozinha e do marido.

Esta é a cozinha da minha casa que fica no andar térreo e pode ser admirada ao se abrir uma porta lateral da casa. Apenas os 2 cômodos do andar térreo são vistos assim, pois os demais são vistos ao serem abertas as portas frontais (como num armário de cozinha).

À direita está o fogão com algumas panelas, já sugerindo que é hora de preparar a refeição. É provável que uma família que vivesse numa casa como esta tivesse uma empregada doméstica ou babá para auxiliar no trabalho geral e que esta profissional dormisse no local, apesar desta casa não contemplar este tipo de dormitório.

Ao fundo, podemos ver o cadeirão do bebê e o armário que serve tanto para guardar louças e talheres quanto para guardar mantimentos. Ao lado do armário já se pode ver a passagem para o comôdo ao lado, bem como a porta de acesso ao jardim.

À esquerda da imagem está a mesa de apoio. Nela, flores a serem arrumadas no vaso para enfeitar a casa e o preparo de uma deliciosa torta de maçãs verdes dividem espaço. Estão também 2 bonitas cadeiras.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Como escolher uma casa de bonecas

Se você está tentando tomar uma decisão sobre adquirir uma casa de bonecas como presente a uma criança ou para você mesmo, existem inúmeros fatores a serem considerados.

Primeiro, você tem de decidir se realmente precisa de uma casa de bonecas ou se outro formato de miniatura não seria melhor pra você (mini vitrine, room box, etc).

Se decidir pela casa de bonecas precisará determinar qual a escala a ser utilizada e que tamanho final ela terá, bem como que período histórico ela representará (vitoriano, georgiano, colonial, etc).

Você tem de planejar se vai construir sua própria casa a partir de projetos ou kits ou se vai comprar uma casa pronta e, se fará todo o acabamento ou simplesmente a utilizará para colecionar miniaturas e móveis.

Por Lesley Shepherd (About.com - parte do The New York Times Company)
Tradução e adaptação: Edie Brazil (Nação Minimaníaca)