quarta-feira, 31 de outubro de 2007

E agora, qual é a parte complicada?


Uma coisa difícil de fazer na casa foi o projeto de iluminação. Precisei contratar um pessoal especializado neste tipo de coisa porque além de ser algo de que eu não entendo, se for mal feito, pode colocar em risco toda a casa em um incêndio imprevisto.

Foi importante tratar da iluminação neste ponto do projeto porque houve a necessidade de se passar fiação por dentro de várias das placas de MDF, de forma que, uma vez a casa montada, isso seria inviável.

Calculamos várias possibilidades antes de partir para a execução do projeto.

E tem que fazer montagem a seco?


Na casa de bonecas também foi preciso fazer a montagem a seco, pelos mesmos motivos descritos no Brechó do Edie. Tudo se encaixou perfeitamente e estava pronto para seguir para a próxima fase...

Nesta imagem, a casa parece um embrulho pra presente! Mas as fitas serviram para manter a casa montada com segurança, porque o peso das placas de MDF poderia fazer com que ela desmontasse a qualquer momento e como este material não é muito resistente, os cantos e os encaixes poderiam se quebrar com certa facilidade.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

E os detalhes externos?



Além da pintura externa geral básica tentei, paralelamente, fazer um trabalho de envelhecimento das portas e janelas da casa utilizando tinta spray branca, lixa e betume diluído em solvente, nesta ordem.

O resultado estava ficando interessante, mas a verdade é que não consegui descobrir uma forma eficiente de envelhecer a pintura externa da casa. Desta forma, as janelas pareciam muito velhas e a casa parecia ser nova.

Mais um erro que precisou ser consertado posteriormente quando decidi tratar a casa de bonecas como uma casa de bonecas. Passei a acreditar que não adianta tentar dar tratamento de maquete para cenário de gravação de filme de Hollywood em miniatura escala 1:12!

Começando com a pintura externa



Ainda no ano de 2001, decidi que começaria a trabalhar na casa. Selecionei as peças de MDF que deveriam ser pintadas e comecei o trabalho.

Utilizei tinta PVA (ou latex), com uma daquelas cores que são misturadas na loja e, pincel. A idéia era pintar o lado externo da casa e para isso escolhi um tom de verde que, depois de pronto, se tornou um pesadelo! Todas as vezes que olhava para aquelas peças me dava dor de barriga... Mas fui mantendo a coisa assim.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

E o que mais veio no kit?




Além dos inúmeros pedaços de MDF, vieram peças mais elaboradas, com corte feito à laser, como portas e janelas em madeira, que me surpreenderam muito pelo material e seu bom acabamento.
Vieram ainda, peças como maçanetas para as portas, dobradiças para a estrutura da casa, chaminés e cercas para a área externa na casa. Boa parte disso, ou não foi usado ou foi radicalmente alterado no projeto final.
Acompanhe o Nação Minimaníaca Blog para saber de tudo. E não deixe de mandar seus comentários pra sabermos o que você está achando do nosso espaço!

Chegou meu kit!

Depois de um monte de problemas com a importação em 2001, recebi meu kit para montagem da estrutura da casa. A bem da verdade, é um kit relativamente simples de montar, mas a gente sempre "empaca" frente ao desafio de montar um projeto tão grande, principalmente quando sabemos que podemos errar e estragar tudo!

Em princípio, são inúmeros pedaços de MDF de vários tamanhos e espessuras que vêem embalados em muitas caixas e caixinhas. É difícil saber por onde começar... Decidi então começar pelo manual de instruções!!!

Livros em miniatura são sucesso na Bienal

Dentre o estandes internacionais da III Bienal do Livro de Alagoas, o mais visitado é o da editora peruana “Los libros mas pequeños del mundo”, que traz a Maceió miniaturas de livros em português, inglês e espanhol sobre os mais variados assuntos.

A Editora disponibiliza mini livros na área de auto-ajuda, literatura ficcional, literatura infanto-juvenil, livros técnicos e para o lar, obras clássicas e pensamento vivo, astrologia e nova era e mini bibliotecas e molduras de luxo (miniaturas de armários e estantes guardando coleções dos livrinhos).

São mais de 300 títulos vendidos entre 15 e 20 reais, dependendo da obra. As mini-bibliotecas tem preços que variam,podendo ser vendidas vazias ou com livrinhos escolhidos pelo cliente.

Alessandra de Fátima, representante da Libros, no Brasil, explica que a editora é especializada em miniaturas de livros. Segundo Alessandra, a Bienal está sendo mais uma boa oportunidade para os brasileiros conhecerem grandes obras no formato de mini livros. “Nosso campeão de vendas é O Pequeno Príncipe, procurado por adultos e crianças”, declara a representante.

domingo, 28 de outubro de 2007

Como tudo começou?

No ano de 2001 decidi começar minha coleção relacionada a uma casa completa, ambientada na Inglaterra pós período vitoriano.

Inicialmente, veio a dificuldade para começar porque, à época, não tínhamos fabricantes de casas de bonecas em escala no Brasil, consequentemente fui obrigado a partir para a importação.

Em seguida, veio o gratificante trabalho de pesquisa histórica que fundamentou escolha de peças e disposição geral de ambientes. É viciante abrir as portas deste mundo!

Mudando de assunto... casa de bonecas!

Hoje vou começar uma nova série de postagens aqui no Nação Minimaníaca Blog sobre a minha casa de bonecas em escala 1:12.

Espero que o Brechó do Edie tenha sido um passo-a-passo útil para todos e que vocês possam curtir um pouco este trabalho de colecionismo e miniaturismo tão legal! Quando tiver novidadees sobre o brechó, certamente publicarei aqui pra que todos acompanhem.

Desde já agradeço a audiência e os recados carinhosos que tenho recebido. Se você também quiser deixar seu comentário, não deixe de fazê-lo porque isso nos deixa muito felizes!

sábado, 27 de outubro de 2007

Miniatura de trem anda por 101 metros de trilhos


Levar o minério extraído das jazidas de Minas Gerais até o porto de Vitória foi o sonho que mineiros e capixabas transformaram em realidade no século passado.

Hoje, a sede da antiga estação ferroviária Pedro Nolasco, construída em 1927 seguindo os estilos neoclássico e art nouveau, no bairro de Argolas, no município de Vila Velha foi convertida em museu e guarda as lembranças do período em que a ferrovia teve importante participação no desenvolvimento dos dois Estados.

A grande atração do museu está no último piso, onde uma gigantesca maquete de 34 metros quadrados simula a estrada de ferro, que começa em Itabira, Minas Gerais, e termina no porto de Vitória, Espírito Santo.

Nela, um trenzinho circula por 101 metros de trilhos, entre 740 árvores e 370 bonecos. A maquete também apresenta o processo de estração de minério, o carregamento e o descarregamento de vagões e de navios, indústrias, montanhas, vales, cidades, vilas, estações e o próprio Museu.

Museu Ferroviário Vale do Rio Doce - Funciona de terça a domingo, das 10h às 18 h, exceto na sexta-feira, quando está aberto das 12h às 20h. A entrada é franca.

Pátio da Antiga Estação Pedro Nolasco, s/n-Argolas
CEP:29.114-670- Vila Velha-ES
Tel:3246-1443

Mais informações:


E o resto?



De resto é ir fazendo a decoração do ambiente com todas as miniaturas disponíveis em casa. Tudo o que estiver sobrando pode entrar no brechó!

Mas antes disso, é legal providenciar alguma mobília que servirá de suporte para as peças em geral como mesas, armários, baús e prateleiras...

Já tenho uma prateleira e uma mesa muito simpáticas que aprendi a fazer em um workshop. Estão com uma pátina básica que é muito simples de ser feita, chamada pátina provençal.

Foi preciso apenas passar vela em alguns pontos das madeirinhas que compõem os móveis, passar tinta PVA (ou latex) em todas as pecinhas e depois de secar, lixar tudo com delicadeza. A tinta que ficou em cima da vela sai e aparece a madeira que está por baixo, dando um aspecto envelhecido muito interessante.

Também pode-se fazer isso dando um fundo na madeira de cor contrastante com a que vai por cima. Entre uma e outra cor vai a vela. Quando a peça for lixada, vai aparecer a cor da tinta que está por baixo, que pode até ser metalizada (dourado, prateado, etc.).

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Agora acabou?

Agora acabou! Foi só colar as paredes em seus lugares, com cola branca.
Pra finalizar, falta apenas dar algumas demãos de tinta PVA (ou latex) na cor escolhida pelo lado de fora da caixa básica. Eu costumo usar o branco porque ele não atrapalha na decoração de casa e a miniatura pode ser colocada em qualquer ambiente.

Mas não pode esquecer de lixar entre uma demão e outra pra ficar bem lisinho e com acabamento legal!
Falta também colocar os vidros que vedam a miniatura (na frente e no teto) pra proteger do pó e das mãozinhas nervosas de algumas visitas que a gente recebe de vez quando, sabe?! Mas pra isso é preciso ir numa vidraçaria e pedir pra eles cortarem nas medidas exatas.

Mas e como se faz aquela marchetaria mesmo?


E na hora de cuidar do piso do ambiente? São muitas as opções possíveis, desde a impressão de imagem que imite piso, colagem de pastilhas tipo mosaico, até marchetaria.

Neste caso optei pela marchetaria que me foi ensinada em um workshop, utilizando um motivo que é bem simples de se fazer.

Basta utilizar 2 cores contrastantes de lâminas de madeira. Elas são facilmente encontradas em marcenarias ou lojas que vendem madeira. Muitas vezes até se conseguem umas sobrinhas sem pagar nada, sendo que na miniatura estes restos são valiosos!

É preciso passar fita crepe em toda a extensão da lâmina para que, ao ser cortada com o estilete, não rache em nenhum ponto, tornando a parte rachada inútil. Cortei então os pequenos retângulos com o auxílio de um estilete e de uma régua de metal.

Depois foi só juntar as madeirinhas com fita crepe no verso, formando o mosaico que mais agradou (ou que mais pareceu fácil para iniciar-se nesta difícil arte da marchetaria). Claro que quanto menores as peças, o nível de dificuldade deste trabalho aumenta proporcionalmente. Mas pronto!

Por fim, foi só cortar este mosaico de lâminas de madeira no tamanho do piso do ambiente...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Mas pra que este sanduíche mesmo?


Claro! Faltou dizer que o "sanduíche transparência, vegetal, transparência" serve para duas coisas:


  1. A transparência tem a propriedade de dar o brilho comum ao vidro, assim, temos uma excelente imitação deste material, além de ser maleável e bastante fininha. Mas poderia ter sido utilizado o acrílico (que risca bastante com o tempo e fica embaçado), o acetato (que também é perfeito) ou mesmo vidro.
  2. O vegetal serve para manter uma certa passagem de luz pela janela na miniatura, porém, sem pemitir que se possa ver o que está no fundo dela, ou seja, ninguém vai olhar pra miniatura e ver outros objetos (fora de escala!) pela janela!

Mas e a janela?

Já tenho o piso pronto, agora já posso finalizar as paredes que estão quase prontas.

Este modelo de caixa básica veio com uma janela composta por 2 molduras e 1 painel. O que fiz foi colar a primeira moldura, na parte interna da parede, juntamente com o painel quadriculado. É importante esperar secar bem a cola pra não ter problemas de esfumaçar o acetato, acrílico ou transparência que fará o papel do vidro na janela.

Uma vez seco, recortei um pedaço de papel vegetal branco, de gramatura elevada, ou seja, bem grossinho e, 2 pedaços de transparência (aquela utilizada em retroprojetores). Fiz um "sanduíche: transparência, vegetal, transparência" e coloquei sobre o painel quadriculado pela parte de trás da parede. Pra finalizar, colei a moldura pela parte de trás da parede, o que faz com que o "sanduíche" não saísse do lugar.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Oficina de Bonecos no MAM


Pra quem se interessa pelo assunto, vale a pena participar deste workshop do MAM que, além de ser gratuito, pode render um bom passeio pelo Parque do Ibirapuera e é ecologicamente correto!

Mas e o piso, acabou ou não?




Quase! Falta só encerar pra uniformizar o visual, dar um pouco de brilho e impermeabilizar a madeira.

Pra fazer isso, bastou passar cera incolor em pasta (do tipo que se usa no piso de casa mesmo) por todo o piso da miniatura. Pode-se usar cera de sapato também, incolor ou marrom, mas é claro que a marrom escurece um pouco o resultado final porque tem o corante em sua composição. Mas o resultado também é bom.

O interessante é sempre fazer uns testes antes, num pedacinho de madeira que sobrou, antes de ir para a peça final.

Pra finalizar, esperei secar a cera e lustrei um pouco com uma flanelinha, delicadamente, pra dar o brilho. Não se deve esperar muito brilho como nos pisos de casa, porque aquele brilho é dado pelo tratamento da madeira que é feito com verniz (conhecido como cascolac) e não pela cera.

Agora o piso está pronto!

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Será possível?


As imagens sempre nos ajudam a entender melhor os ambientes a serem reproduzidos... Esta mostra um pequeno brechó ou casa de antigüidades nas lindíssimas ladeiras de Lisboa, em Portugal, na cidade alta. São tantos objetos juntos que é impossível ver tudo...

Será possível reproduzir algo assim em miniatura?

Mas não acabou?


O piso ainda não está pronto! Mas falta pouco...

Foi preciso lixar um pouco, primeiro com uma lixa fina e depois com uma lixa ainda mais fina (nº 400) pra ficar bem liso. É melhor fazer com cuidado pra não levantar pedacinhos da madeira que é muito fininha... E também não é preciso lixar muito, só o suficiente pra ficar suave ao toque e livre de farpas.

E quanto ao pozinho que vai levantando da madeira? É pra assoprar? Claro... que não! A gente vai passando a mão enquanto lixa e fazendo ele entrar nas ranhuras da madeira e nos sulcos entre uma madeirinha e outra. Isso ajuda a tornar o trabalho uniforme e mais bem acabado.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Deixa eu ver melhor isso aí?


Pra poder ver melhor o papel de scrapbooking que utilizei nas paredes...

E como está ficando?


Agora já podemos ter uma idéia de como ficará esta miniatura... a estrutura está quase pronta e não demandou muito trabalho até aqui.

Colei o piso de marchetaria em seu lugar e pronto!


domingo, 21 de outubro de 2007

E não é que tá ficando bom?


Agora a gente já pode fazer a montagem a seco. Mas pra que isso?

É importante fazer isso pra saber se todos os encaixes estão perfeitos: se não estão cheios de tinta de forma a atrapalhar o enquadramento e se o papel que foi colado nas paredes não atrapalha os encaixes.

Ótimo! E não é que tá ficando bom?

Pontapé inicial


As vezes a gente trava na hora de começar a miniatura, mas o negócio é não ter medo de errar . E se errar, paciência! Começa tudo de novo... É assim que a gente aprende, não é?

Bom, pra começar o "Brechó do Edie", fiz um acabamento rápido nas paredes internas da caixa básica com tinta PVA branca (também conhecida como latex) e tinta acrílica bege.

Bastou passar umas 2 demãos de tinta branca sobre o MDF pra fazer o fundo e depois de secar e só lixar pra ficar lisinho. Depois, foi só diluir um pouco a tinta bege com água num pires e, com um saquinho plástico todo amassado na mão (como se fosse uma esponja), ir batendo na tinta pra molhar o saquinho e batendo no MDF pra "manchar" o fundo branco.

Essa técnica quem me ensinou foi a querídissima Tania Bettini num workshop. Depois que isso seca, fica com uma aparência bem rústica. Perfeita para este projeto.

Mas pra não deixar a paredes inteiras rústicas, colei na medida de 3/4 delas um papel para scrapbooking. Estes papéis são maravilhosos e alguns contam com ótimas estampas florais que se encaixam perfeitamente na escala 1:12, além de muitas outras estampas.

Viu que coisa mais simples? Em pouco tempo tive paredes super bonitas e bem acabadas...

sábado, 20 de outubro de 2007

Mas com o que?

Além da caixa básica em MDF, não foi preciso muito coisa pra começar:

- tinta acrílica
- saquinho plástico
- cola branca
- estilete
- lapiseira
- fita crepe
- lâminas de madeira
- cera de sapato
- flanela
- vela
- papel para scrapbooking
- transparência (ou acetato ou acrílico)
- papel vegetal

São materiais que a gente tem em casa.

'Bora fazer?


Que tal colocar a mão na massa e se meter a fazer as miniaturas?

Eu sei que, em princípio, tudo parece difícil... eu mesmo amarguei anos e anos de miniaturismo na qualidade de mero colecionador. Só agora tenho me metido no mundo dos miniaturistas que fazem peças por hobby e se divertem muito com isso!

Então, comecei. Assim mesmo. Comecei.
Lembrei-me de uma caixa básica que eu já tinha há algum tempo, feita em MDF, fácil de montar e pronta pra sair da gaveta. E é assim que tudo começa...

Mas como?




Mas como assim "acabar com as miniaturas guardadas na gaveta"?

Simples! Tivemos a idéia de fazer antiquários, brechós ou coisa parecida em miniatura... Além de serem "bagunças organizadas" incríveis, se feitas com um pouquinho de bom gosto podem ser miniaturas interessantes e muito harmoniosas em sua falta de simetria intrínseca.

É uma boa forma de expor objetos sem se preocupar com questões como período histórico, combinação de cores ou quantidade, por exemplo.

Na imagem acima (encontrada na internet, infelizmente desconheço o artista), pode-se ver um bom exemplo.

Abra suas caixinhas!

Sabe aquele monte de miniaturas que a gente sempre tem e que vai se juntando em caixas e mais caixas nos armários da casa da gente e que ficamos sempre prometendo um dia usar num ambiente, numa vitrine, numa room box ou coisa parecida...

O que acontece é que este dia nunca chega! E vão se juntando mais e mais miniaturas desperdiçadas porque não estão em exposição na casa da gente... A idéia é acabar com isso!

Novo Blog no pedaço

Olá pessoal!
Vem chegando mais um blog na internet... E por que você deveria acompanhar mais este blog?

Porque ele é feito com muito carinho e tem o objetivo de mostrar um pouco do hobby que tanto me fascina, bem como a tantas outras pessoas no Brasil e no mundo, que é o miniaturismo.

Seja bem-vindo! Puxa o banquinho, senta e sinta-se em casa...